A segunda fase da operação Unha e Carne, deflagrada pela Polícia Federal, resultou na prisão do desembargador Macário Judice Neto na manhã desta terça-feira (16). A ação tem como base informações extraídas do celular do ex-presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar, que se tornou uma peça central nas investigações. De acordo com as autoridades, o dispositivo revelou trocas de mensagens entre figuras proeminentes, apontando para possíveis irregularidades que motivaram a decretação da prisão. Essa é a primeira consequência pública ligada ao conteúdo do celular, que tem sido descrito como uma fonte de evidências temidas por envolvidos em círculos políticos e judiciais no estado.
A operação Unha e Carne investiga conexões entre autoridades políticas e judiciais, com foco em práticas que podem configurar corrupção ou abuso de poder. A prisão de Macário Judice Neto destaca o impacto das mensagens trocadas, que servem como alvo principal da apuração. Rodrigo Bacellar, cujo celular foi apreendido em etapas anteriores, não comentou publicamente sobre o desdobramento, mas o caso reforça a intensidade das ações da PF no combate a redes de influência no Rio de Janeiro. Autoridades federais afirmam que as investigações prosseguem, com potencial para mais desdobramentos baseados nas mesmas informações.
Especialistas em direito observam que esse episódio pode abalar estruturas institucionais, uma vez que envolve um desembargador e um ex-líder legislativo. A operação, iniciada há meses, busca desmantelar arranjos que comprometem a integridade pública, e a prisão de Macário representa um marco na busca por accountability.