Em uma declaração que reforça o compromisso com a transparência e a justiça, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou pela primeira vez sobre a megaoperação policial realizada no Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho. Durante uma entrevista a agências internacionais em Belém, Lula destacou a importância de apurar possíveis irregularidades nas mortes ocorridas, classificando a ação como uma “matança” que, apesar do alto número de prisões, foi desastrosa do ponto de vista estatal. Ele enfatizou que a ordem judicial era para prisões, não para execuções, e anunciou que o governo federal planeja envolver legistas da Polícia Federal na investigação. Essa iniciativa busca esclarecer as condições do confronto, que resultou em ao menos 121 mortos e 112 presos, promovendo uma abordagem mais humanizada e responsável no combate ao crime organizado.
Ministros do Palácio do Planalto, como Guilherme Boulos, da Secretaria-Geral da Presidência, já haviam expressado críticas aos métodos policiais, apontando que o foco no crime organizado deve ir além das favelas e atingir esquemas de lavagem de dinheiro em centros financeiros, como a avenida Faria Lima, em São Paulo. Essa visão integrada, inspirada em operações como a Carbono Oculto da Polícia Federal, sugere uma estratégia mais inteligente e menos violenta para a segurança pública. Enquanto isso, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, defendeu a operação como um sucesso constitucional, solidarizando-se com as famílias dos policiais mortos e destacando a proteção à população.
Ao priorizar a investigação, o governo Lula demonstra um esforço positivo para equilibrar o combate à criminalidade com o respeito aos direitos humanos, inspirando uma nova geração a valorizar a accountability nas ações estatais e fomentando debates construtivos sobre segurança no Brasil.