A bomba invisível que explode nas favelas: como jovens podem mudar o jogo da segurança no Rio

No coração das favelas do Rio de Janeiro, como os complexos do Alemão e da Penha, operações policiais como a recente Contenção revelam um lado positivo: a resiliência das comunidades e a busca por soluções mais humanas. O professor José Claudio Sousa Alves, da UFRRJ, descreve os impactos como uma “bomba invisível”, que causa diabetes, hipertensão, depressão e insônia entre os moradores, especialmente os jovens expostos a tiroteios. Uma pesquisa do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (Cesec) mostra que o risco de ansiedade e depressão é mais que o dobro em áreas com mais confrontos, mas isso também destaca oportunidades para intervenções preventivas. Manifestantes como Raimunda de Jesus e Liliane Santos Rodrigues, que perdeu o filho Gabriel em uma perseguição policial, lideram atos pedindo igualdade e cuidado estatal, inspirando uma nova geração a lutar por direitos e contra a discriminação nas periferias.

Enquanto o Comando Vermelho, segunda maior facção do país, expande territórios na Baixada Fluminense e Leste Metropolitano, controlando 51,9% das áreas criminosas no Grande Rio, especialistas como Carolina Grillo, do Geni/UFF, apontam caminhos otimistas: combater o crime sem violência, focando em finanças e armas ilegais, como na operação Carbono Oculto. Isso preserva vidas e fortalece comunidades com mais de 110 mil moradores. Programas como o Pronasci Juventude oferecem capacitação e empregos, prevenindo que jovens entrem no crime organizado e promovendo inclusão. Com desigualdades sociais em foco, há potencial para políticas que criem oportunidades reais, transformando territórios vulneráveis em espaços de esperança e desenvolvimento para a juventude fluminense.

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