Um estudo realizado pela empresa norte-americana Remitly, especializada em serviços financeiros, classificou São Paulo como a oitava cidade mais estressante do mundo, com uma pontuação de 7,14 em uma escala de 0 a 10. A pesquisa analisou dados de 170 grandes centros urbanos, coletados em outubro, com base em cinco fatores principais: tempo médio para percorrer 10 km, índice de custo de vida, qualidade do sistema de saúde, índice de criminalidade e níveis de poluição do ar. Nova York lidera o ranking com 7,56, seguida por Dublin (7,55) e Cidade do México (7,38). Outras cidades no top 10 incluem Manila, Londres, Milão, Atenas, Turim e Kolkata. De acordo com o relatório, na América Latina, incluindo São Paulo e Cidade do México, questões de segurança, como altos índices de criminalidade, são os principais contribuintes para o estresse, enquanto na Europa e América do Norte o custo de vida predomina.
O estudo destacou que Nova York sofre com congestionamentos, criminalidade elevada e poluição, agravados por preocupações financeiras dos moradores, conforme dados da Universidade Cornell. Dublin enfrenta longos deslocamentos de 32 minutos por 10 km e altos custos habitacionais, e a Cidade do México lida com tráfego intenso e insegurança. Em contrapartida, cidades como Eindhoven (2,34) e Utrecht, nos Países Baixos, e Canberra (2,80), na Austrália, foram apontadas como as menos estressantes, beneficiadas por deslocamentos rápidos, baixa criminalidade, ar limpo e sistemas de saúde robustos. A Remitly enfatiza que o estresse varia por perspectiva individual, influenciado por fatores financeiros, ambientais e de saúde, e que cidades com infraestrutura sólida demonstram a possibilidade de um ritmo de vida mais tranquilo.
Entre os indicadores extremos, Calcutá registra o pior tempo de deslocamento (34 minutos e 33 segundos por 10 km), Basileia tem o custo de vida mais alto (119,6), Taipei lidera em qualidade de saúde (87,1), Pretória apresenta a maior criminalidade (81,9) e Jaipur sofre com a pior poluição (53,7 µg/m³). Esses dados, obtidos de fontes como TomTom, Numbeo e IQAir, reforçam como políticas públicas em mobilidade, segurança e saúde podem mitigar o estresse urbano, especialmente em contextos como o de São Paulo, onde o trânsito e a criminalidade impactam diretamente a qualidade de vida.