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Operação Codajás completa 30 anos assegurando suprimento energético na Amazônia

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A operação Codajás, responsável pelo abastecimento de combustível, especialmente de gás liquefeito de petróleo (GLP), durante os períodos de seca nos rios da Amazônia, completou 30 anos de atividades em dezembro. Essa iniciativa, conduzida pela Petrobras em parceria com sua subsidiária Transpetro, garante a continuidade da produção de petróleo e gás natural em Urucu/Coari, assegurando que o gás de cozinha chegue à população da região Norte. Apenas entre setembro e outubro, foram escoadas mais de 60 mil toneladas de GLP e 129 mil metros cúbicos de petróleo a partir do terminal de Solimões, no Amazonas. Um comitê técnico, formado por representantes das duas empresas e da Marinha do Brasil, monitora diariamente os níveis dos rios em locais como Iquitos, Manaus e Coari. Em outubro, foram realizadas medições no Rio Solimões, entre Codajás e Coari, e sondagens na Enseada do Rio Madeira, no Rio Amazonas.

Para executar suas ações, a operação conta este ano com quatro navios dedicados exclusivamente para 2025, incluindo dois operados pela Transpetro: Jorge Amado e Gilberto Freyre. Além disso, embarcações de calado reduzido são mobilizadas para atravessar pontos de menor profundidade, e todas as operações ocorreram em Manaus, sem necessidade de transbordo em Codajás ou Itacoatiara, graças à manutenção das condições de navegabilidade. A Petrobras destacou que as ações coordenadas permitiram atravessar o período com manutenção da produção de petróleo, estoques adequados e atendimento pleno aos compromissos com o mercado de GLP. O gás natural produzido na região é essencial para abastecer termelétricas em Manaus, a sétima capital mais populosa do país, respondendo por mais de 50% da geração de energia no estado do Amazonas, contribuindo assim para a segurança energética regional.

Em 2024, durante a maior seca da Amazônia em 74 anos, a Codajás transportou mais de 16 mil toneladas de GLP em 21 operações com cinco navios gaseiros dedicados. Segundo o diretor de Transporte Marítimo da Transpetro, Jones Soares, ao longo de três décadas, a operação tem se adaptado às variações climáticas e geográficas da Amazônia, superando condições impostas pela vazante dos rios com soluções tecnológicas e seguras. Mesmo em anos com menor impacto, como 2025, o planejamento, monitoramento e ações preventivas continuam, garantindo o suprimento ininterrupto de gás de cozinha para a população da região Norte.

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