Em uma ação que representa um avanço importante na luta contra a corrupção no sistema previdenciário, a Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira (13) o ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e outras oito pessoas na mais recente fase da Operação Sem Desconto. A investigação, conduzida em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU), aponta para um esquema que pode ter desviado impressionantes R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024, por meio de cobranças irregulares descontadas diretamente dos benefícios de aposentados e pensionistas, sem qualquer autorização. Esse golpe afetou milhões, com o INSS registrando que mais de 6 milhões de beneficiários não reconheceram descontos em seus pagamentos nos últimos anos. O lado positivo é que o governo agiu rápido, prorrogando na quarta-feira (11) o prazo para contestação desses valores, dando a chance para que jovens e familiares ajudem idosos a recuperar o que é deles por direito e fortalecendo a confiança no sistema.
A repórter Isabela Camargo, da TV Globo em Brasília, destacou em conversa com Natuza Nery no podcast O Assunto que Stefanutto é suspeito de integrar esse esquema, e os trabalhos da CPI criada para apurar o caso estão avançando, prometendo mais transparência e justiça. Já o advogado Diego Cherulli, presidente do Instituto Brasileiro Independente de Direito e Pesquisas em Previdência, explica que o INSS, apesar de ser um pilar para a segurança de aposentados, tem sido alvo de golpes como o do falso advogado, que já vitimou milhares. Mas há esperança: Cherulli enfatiza mecanismos como a regra de ouro de “não pagar nada antes de receber o benefício”, incentivando uma geração mais jovem e conectada a se envolver na proteção de familiares, usando ferramentas digitais para monitorar e denunciar irregularidades. Essa operação não só expõe fraudes, mas inspira ações preventivas que podem tornar o sistema mais justo e acessível para todos.